quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Em coma

encontrei o canto para tua voz que encanta e vocifera em voz em fera e fere a alma recita o salmo e excita a voz e canta para nós não canta só num canto que teu canto ensaia e seduz o sabiá se assusta e sorri o sábio que silva e chama a serpente que rasteja e flameja e afogueia meu pranto da roseira a flor murcha e a serpente que envenena o nome da Rosa que ia te dar e agora sem rosa sem canto sou santo sou casto em celibato e traio a vontade de ouvir o canto que soluçavas no banco de trás e agora emudece e logo alitera e reitera um defeito deferido dessa doentia virgindade sã e lasciva dos teus olhos verdes de hera

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